A minha pitoquinhas!

A minha pitoquinhas!
Gabriela, 3.450 g, 50 cm, 15.06.2011

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Desenvolvimento - 3 meses

Eu sempre quis registrar o desenvolvimento da Gabriela e até hoje não tinha feito nenhum post sistematizado do desenvolvimento da nossa pitocas. Como um dos objetivos desse blog é que a Gabriela possa saber um pouco da sua história, quero passar a registrar os eventos importantes e as sua modificações comportamentais.

Agora que a nossa bebê já completou 3 meses, ela está muito mais engraçada, ativa, confiante...
Para facilitar a descrição do seu crescimento, eu dividi as secções, porém algumas áreas se entrelaçam e a divisão ficou um pouco arbitrária. Mas vamos deixar de papo-furado e vamos ao que interessa.

Desenvolvimento motor
  • Nossa pequena já consegue manter a cabeça erguida na posição de bruço por um tempo considerável. Ela ergue a cabecinha principalmente se tiver brinquedinhos a frente dela. Além disso, nessa posição já deixa o corpo cair de lado e acaba rolando e parando de frente.
  • A Gabriela agarra objetos e leva-os a boca. Aliás, tudo que ela conseguir alncaçar, ela tenta por na boca.
  • Ela já tinha aprendido a bater o pezinho no baby-relax para fazer os chocalhos balançarem. Agora não satisfeita com isso, ela escorrega o corpo para baixo, até conseguir bater com o pezinho no móbile. Ela fica lá amarradona, batendo os pés nos bichinhos e ouvindo o chocalho.
Desenvolvimento pré-verbal e social
  • A Gabriela aprendeu a fazer vários movimentos com a boca. Suas habilidades incluem fazer muita bolinha de saliva, fazer bruuu, estalar os lábios...
  • Também faz muitos sons: Eheeee, guuiiii, Ahhh, humrrr. Adora quando a gente põe ela sentada a nossa frente e imita os sons que ela vai fazendo. Ela dá cada sorriso.
  • Ela estranha as pessoas. Não gosta que um desconhecido lhe pegue no colo. Chora quase imediatamente. Só quer saber da mamãe (em primeiro lugar) ou do papai. Pra ela não chorar a pessoa tem que primeiro conversar com ela, fazê-la rir, e de preferência falar português, porque ela parece ter implicância quando a pessoa está falando alemão ou inglês (hehehehehehhehehe).
  • Sorri muito. Distribui sorrisos lindos, babados. Gosta de beijinhos, que cantemos musiquinhas para ela, que se jogue beijos de longe. Ela também procura chamar atenção para ela quando estamos distraídos (dá uns gritinhos e quando você olha e fala para ela, ela sorri).


Desenvolvimento emocio
nal e cognitivo
  • Nossa bebê era muito assustada. Qualquer barulho a espantava, a fazia saltar. Além de que para não a acordar, o regime aqui em casa era de silêncio absoluto. A gente não podia ouvir televisão, encostar um talher no prato, andar pela casa mesmo que descalço... ao menor som a Gabriela já estava aos berros. Daí que fomos para Portugal e não podia haver casa mais barulhenta que a dos meus sogros - bateção de panelas e pratos, pessoas falando alto, televisão alta. E para quem acha que isso foi contraproducente... muito enganado. A Gabriela passou a dormir a noite inteira - das 22 hs até as 6-7 da manhã. Durante o dia o sono ainda era bem ruinzinho, mas o sono da noite começou a se estabilizar e hoje em dia ela dorme a maioria das noites completa. Esses últimos dias em que ela esteve com o nariz mais ressecado, ela acordou querendo tomar leitinho. Mas mamou tudo e dormiu em seguida. Acho que ela acordou por ter a garganta muito seca. Mas a mamãe aqui não pode reclamar do soninho maravilha da Gabi.
  • Outra coisa que melhorou foi o banho. O medo da água passou, também após a viagem a Portugal. A irmã mais velha do meu marido queria sempre dar banho na Gabi enquanto estávamos lá. Ela tem muito jeito com bebês e ela dava banho com a maior habilidade. A Gabriela chorou todas as vezes que ela deu banho. Olhava para mim toda assustada e abria o berreiro. Mas... a partir daí, todos os banhos que eu lhe dei foram recheados de sorrisos. Mesmo eu sendo desajeitada, dando um banho devagar, ela ama.
  • Por fim, a Gabriela aprendeu mesmo a brincar. Se interessa pelos brinquedos, ri com eles, presta atenção aos barulhos/músicas, bate os braços e as pernas ao tomar banho e fica enlouquecida com a agitação da água. Faz a maior molhadeira no banheiro agora e eu tenho que segurar as pernas dela um pouco senão ela derrama a água toda. É muito gostoso ver ela brincar, ver que ela tem alguns brinquedos que gosta mais, ver ela brincando com a fraldinha, ou se esforçando para agarrar um brinquedo ou bater com as mãos e os pés nos móbiles. Está inteligentíssma (então gente, eu sou mãe,né???)!
Pra finalizar tem algumas novidades. Furei a orelinha da Gabi. Eu sempre achei lindo bebês de brinco e pensava em furar desde que ela nasceu. Ela chorou bastante e ficou super chateada com a senhora que furou a orelha. Ficou vigiando os passos dela. Deu um dó no coração...
Mas o choro passou rápido no colinho, e ela dormiu logo depois. Mais tarde acordou bem disposta como sempre e não parece ter notado que algo mudou.
A minha mãe chega do Brasil domingo e vai trazer brincos de joaninha para ela (presente da minha prima Elis). A decoração do quarto da Gabriela foi feita com joaninhas e nós colecionamos todo tipo de objeto com esse tema para enfeitar o quartinho da Gabi. Vai ficar linda!!!!!!!!!!


segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Blogosfera - obrigada por existir

Hoje estava lendo os blogs que amo como sempre e um post da Mariana no Pequeno guia prático para mães sem prática me fez pensar muito sobre o papel da troca de experiências, principalmente a troca de experiências na internet.

Desde que eu engravidei que andava explorando na internet semana a semana o desenvolvimento do bebê. Queria saber o que estava acontecendo, o que o bebê sentia, ouvia, o que esperar... Eu e meu maridão viámos vídeos no youtube e imaginávamos como estaria o nosso bebezinho na barriga. Aqui na Suiça o GO tem ultrassom no consultório e toda consulta ele checa como está o bebê. Nós dois íamos a todas as consultas morrendo de vontade de ver como estava a nossa pitoquinhas, ter alguma visão da sua carinha.

Nesse tempo eu ainda não conhecia os blogs maternos. Sós quando fui chegando ao fim da gravidez, comecei a pesquisar muito sobre o parto. Como eu disse no meu relato de parto, eu tinha muito medo do parto normal, mas eu sabia que apesar do medo a gente tem que se entregar a natureza e tentar não racionalizar demais. Por isso, fui atrás de relatos e vídeos de parto no youtube e acompanhei vários vídeo-diários. E foi a partir daí (que eu já nem sei como) que achei os blogs que adoro acompanhar (e.g., Nave Mamãe, Viciados em Colo, Carol e suas Baby-bobeiras, Made in Brasil, Peripécias de Cecília e Fofices de Clarice, entre outros, dá uma olhada na lista aí ao lado que vale muito a pena). Eu comecei a ler os relatos de parto dessa mulherada valente que defende o parto natural sem intervenções.
E foi muito bom para a minha ansiedade acompanhar essas experiências.

Eu tive a Gabriela na Suiça e só estava eu e meu marido. Eu não fiz curso de preparação para o parto, porque sinceramente eu não falo assim muito bem o alemão (que diria o suiço-alemão), e não sei se ia conseguir fazer alguma amizade com outras mães no curso. Afinal, os suiços são muito educados, mas reservadíssimos e não fazem muita amizade com os estrangeiros. Em 10 anos que o meu marido está aqui, ele não tem nenhum amigo suiço. Estrangeiro faz amizade mesmo é com outros estrangeiros.

Abre parêntese para um exemplo de como é difícil se enquadrar aqui:

Uma das minhas colegas de trabalho (doutorandas do programa) divide a sala com uma suiça e elas aparentam ser assim super amigas. Se conhecem desde a graduação, andam sempre juntas, viajam para os congressos juntas e tudo. A outra é alemã e é casada com um suiço. O marido da alemã é até amigo do namorado da moça suiça e tal. A alemã já os recebeu várias vezes na casa dela, convidou a suiça para o casamento e tudo. Mas um dia ela me contou que achava muito estranho que essa amiga suiça, nunca a convidou para ir na casa dela. E olha que ela conta que recebeu amigos e coisa assim. A alemã até disse que no começo ficava mesmo sentida com essa situação, mas que resolveu aceitar isso como uma peculiaridade suiça. Eles simplesmente não se abrem muito para os estrangeiros.

Fecha parênteses.

Então, que não tive ninguém para me ajudar a cuidar de um RN. Foi só mesmo o apoio das enfermeiras (uma que vem a sua casa nos primeiros 10 dias e outra que atende no posto aqui pertinho de casa) e da internet.
Acho que a nossa situação é muito comum em um mundo cada vez mais globalizado. A gente se distancia da família na busca de emprego, oportunidades...
Acaba ficando sozinho ou numa família muito nuclear.
E na minha opinião, isso deve ser um dos fatores de estresse para as récem-paridas.
Ficar sozinha em casa o dia inteiro com um bebê (que no começo a gente nem entende muito bem, porque não sabe o que ele quer ao certo) é um pouco estressante.

Por isso era um alívio (e ainda é) poder vir aqui beber da experiência de outras mães. Saber que você não é a única que erra, que tem medos, ansiedades, que pula de alegria com um sorriso banguela, ou com um sorriso de poucos dentes...

À todas essas mães, eu deixo o meu obrigada. Vocês são em parte responsáveis pela minha sanidade mental.
Gabriela e marido agradecem!

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

narizinho pequeno e melequento

Quinta-feira minha pitocas fez três meses.
E nós saímos fomos dar uma voltinha em Zurique. Eu tinha que buscar um papel do padre para dar entrada nos procedimentos do batizado e para complementar fomos (quero dizer eu fui) tomar um chocolate quente com uma amiga do trabalho (a Laura).
Eu levei o carrinho de bebê e foi um verdadeiro terror. A Gabriela chorou a viagem de trem inteira e não dava para pegá-la no colo, com carrinho, bolsa e trem balançando, e pessoas entrando e saindo. Depois, na estação central de Zurique só há escadas rolantes indo para cima e escadas normais para ir para baixo. Minha gente, o que uma pessoa com carrinho faz? Se existe elevador naquela droga, eu não vi. Próxima vez, vou ir de sling. Definitivamente melhor. Eu que pensava que numa cidade como Zurique uma pessoa não teria tanto trabalho andando com um carrinho... Fiquei a imaginar se eu fosse uma cadeirante.


Bem, mas o tema do meu post é nariz melequento, né?
Então, desde quarta-feira que eu acordei com um resfriado. Nariz escorrendo o tempo todo, garganta seca e dolorida, corpo dolorido. Um horror. E no topo de tudo isso, um bebezinho maravilhoso para cuidar. Um bebê que adora beijinhos, que gosta que a gente imite os sons que ela faz (porque ela morre de rir se a gente a imita e ela vai fazendo uma série de bruuu, éee, guiiii) e a gente fica pensando em como não infectar um bebê quando seu nariz está a escorrer a cada 5 segundos e você espirra o tempo todo. Bem, acho que a resposta é: impossível!!!!
Eu bem que tentei lavar a mão o tempo todo, mas gente, nariz escorrendo a cada 5 segundos????
Claro que a Gabriela pegou o meu resfriado virulento. Ontem ela acordou de madrugada, já com o nariz entupidinho e a tossir um pouco - e olha que a Gabriela não tem acordado mais de madrugada, dorme a noite inteira, um anjinho. E como bom anjinho ela mamou, mamou e não satisfeita ainda tive que lhe dar uma mamadeira e ela voltou a dormir. Acordou de bom humor, apesar de espirrar e sair um monte de melecas, de tossir, e espirrar de novo, de chiar enquanto respira. Gente, eu não sei o que fiz para merecer o bebê mais calminho do mundo, que apesar de estar doente, espirra e em seguida sorri para você. Você pode até tortura-la um pouquinho tirando melecas com aquele aspirador e colocando soro no nariz, que ela sorri para você quando o procedimento está terminado!
Hoje a noite ela dormiu bem. Acordou só as sete da manhã, mamou, brincou um pouco, pus soro no nariz e ela está ali dormindo como um anjinho melequento (fiquei com pena de usar o aspirador e só foi soro mesmo).
Ainda bem que ela não tem tido febre, principalmente porque o pediatra disse que se ela tiver febre em qualquer momento durante o primeiro ano de vida, tem que ser examinada pelo médico - regras suiças. Mas acho que a minha pitoquinhas vai se recuperar bem.
Eu ainda tô sentido o resfriado, não tão forte como no primeiro dia, mas a garganta me incomoda, e de vez em quando a dor no corpo volta. Acho que o sinal do fim do verão (que de calor teve bem pouco). A árvore em frente aqui de casa já está ficando amarela... ai, o outono aqui é o inverno do Brasil e o inverno é a nossa imaginação da sibéria hehehehehhehe
E já há roupinhas de neve para vender. Umas roupinhas de bebê que parece um ursinho. Vou ter que comprar uma para a Gabi, porque são tão lindas...

Hoje o post vai sem fotos porque tô com preguiça de fazer upload da máquina. Mas, depois coloco fotos aqui!

domingo, 11 de setembro de 2011

Amamentação - parar ou não?

Para mim e a Gabi, o fim da amamentação exclusiva chegou mais cedo do que podia ser esperado. Apenas com 2 meses e meio.

Eu estava sempre sozinha com a Gabriela o dia todo nos últimos 2 meses. Entretanto, as férias em Portugal mudaram tudo. Lá toda a família do meu marido ficava a minha volta e o Aires (marido) também. Foi o momento de ser observada pelas outras pessoas relativamente a tudo que eu fazia com a Gabriela e de ser julgada no meu papel de mãe. Claro que o primeiro dos questionamentos foi quanto a alimentação. Desde o nascimento da Gabriela que eu estava praticando a livre demanda. Embora o pediatra e a enfermeira infantil tenham sempre dito para alimentá-la de 3 em 3 horas, eu nunca fui capaz de manter esse esquema rígido. A Gabriela chorava 1 e meia até 2 horas após ser alimentada. E as mamadas dela duravam muito tempo (quase uma hora), porque ela sempre mamava e dormia, dormia e mamava. O meu marido sempre reclamava dessa situação, mas como éramos só nós dois, ficava a minha vontade contra a dele. Eu me desdobrava para dar a Gabriela o leite que eu achava que ela precisava. O meu dia era recheado de mamadas e colo. Muito colo. Tanto que meu braço esquerdo (o braço do bebê) ficava constantemente doendo. Apesar do sacrifício, eu não queria que a minha filha chorasse e não fosse atendida. Eu queria construir uma relação de confiança com ela. Queria que ela sentisse que havia alguém ali para ela. Para confortá-la, amá-la, atender às suas necessidades. Li em algum lugar que esses primeiros meses são importantes em estabelecer a relação mamãe-bebê e eu sempre sonhei em ter uma relação muito próxima com a minha filha e lhe oferecer amor incondicional para que ela se torne autoconfiante.

Tendo em vista esse pequeno projeto pessoal, eu não me arrependo de ter ficado com a mina filha no colo e no peito o tempo que ela achasse necessário. Claro que o julgamento das outras pessoas me irritava, mas eu não falava nada para responder as pequenas insinuações de que ela não estava sendo bem alimentada - afinal, ninguém tinha nada a ver com isso e eu não ia ficar discutindo opções pessoais.
Mas... a Gabriela parou de fazer cocô. De um bebê que fazia cocô três vezes (ou mais) por dia, ela passou para zero - por três longos dias. Eu fiz de tudo - massagem, gotas anti-cólica, estimulação anal - mas nada. O pior é que ela não parecia incomodada ou com dores. Embora estivesse um pouco chorona. Foi aí que a minha autoconfiança como mãe de primeira viagem começou a ser bem abalada mesmo. Caramba, se a menina mama e mama e quer mamar sempre mais e não faz nenhuma caquinha, ela só pode estar mau alimentada. Tive que dar o braço a torcer.
Corre para farmácia então para comprar leite. Para minha tristeza, a Gabriela não rejeitou as mamadeiras. E com elas, ela voltou a fazer cocô. Eu não parei de amamentar por conta disso, mas os intervalos maiores entre as mamadas deram chance do meu peito encher mais de leite. E fomos seguindo assim, alternando uma mamadeira e uma mamada e durante a madrugada só peito mesmo (para não acabar com o sono da mãe).

As últimas 3 semanas tem sido assim - mamadeira e peito. A Gabriela engordou mais de 600 g nessas últimas semanas - já é mais que o peso que ela ganhou no segundo mês. Tudo tranquilo então. Ela não tem rejeitado o peito, mas já houve 2 vezes em que ela não quis mamar no peito, e chorou até eu dar a mamadeira. Nessa última semana, no entanto, tenho tido a impressão que o leite está querendo ir embora - meu peito tá no geral molinho, não fica mais duro com o leite.

Como não quero desmamar total, vou continuar colocando ela ao peito pra ver se estimula a produção. Eu queria continuar amamentando pelo menos de manhã e a noite. Não faz sentido eu forçar muito a amamentação agora, pois em duas semanas vou voltar a trabalhar... Mas mesmo sendo pouquinho, eu queria continuar com a amamentação da minha bebê.

Lilypie First Birthday tickers

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